quarta-feira, 25 de julho de 2012

De livro fechado não sai letrado

Na minha adolescência li um livro, que hoje já  não seguro o nome do título, nem do seu autor. Mas a essência da obra, resume-se, a um quadro-obra de arte, ou com pretensões a tal, e as diversas interpretações que cada um dos visualizadores daí aferia. O quadro encontrava~se numa sala de uma casa. E as pessoas iam vendo, em situações diversas, e daí davam a sua opinião interiorizando ou exteriorizando-a baseada num conjunto de múltiplas vivências acumuladas. As opiniões eram obviamente as mais díspares. Mas todas elas assentes em conteúdos de filosofia de vida de acordo com quem analisava.


SALOIOS EM LISBOA - Stuart Carvalhais (1887-1961). Tinta da China aguarelada sobre papel (25 x 30 cm). Colecção particular

Vem isto a propósito de um conhecido jornal, que semanalmente coloca ou colocava, àqueles a que chamam figuras públicas, determinadas fotos e a partir daí, estes fazem uma interpretação daquilo que cada uma representa. O vazio é muito. Mas quem anda por sítios onde se julga mais à vontade e a exposição é maior, o tombo aí não tem medida.

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